segunda-feira, 9 de novembro de 2009

«Tiro ao crucifixo»

O Governo de Portugal que de "lábia" tem muito mas de coerência tem nada, quer maiorias para desgovernar ainda mais o país mas que à maioria das pessoas, após a caça ao voto humilha, explora e faz de conta que não existem, uma vez que se vira apenas, e só, para as minorias dos seus compadres. São as empresas nas quais coloca o seus "boys", são o apoio ao laicismo maçónico dos seus lacaios condenando tudo o que seja culto religioso da nossa cultura. Veja-se o que se está a preparar em relação à destruição do conceito de casamento para lhe dar o mesmo nome, mesmo quando envolve duas pessoas do mesmo género, para além daquilo que já se viu em relação ao aborto.
Por isso e tendo em atenção aquilo que se tem passado ultimamente no nosso país divulgo aqui este brilhante texto do P. Pedro Oliveira, de Marco de Canaveses.
Só assim é possível vermos a incoerência, a intolerância, o oportunismo e o respeito pela cultura e pela civilização da qual todos fazemos parte. No entanto, os que elaboram as leis aproveitam o que lhes convém, mesmo que para isso tenham que sacrificar a maioria da população.

Aníbal Carvalho

"O governo, na questão dos crucifixos, para ser realmente consequente, deveria, em nome do laicismo oficial, impedir os alunos de se benzerem antes dos testes.
Dessa forma o governo acabaria com a ideia ridícula de que crendices religiosas podem ajudar a ter boas notas, quando toda a gente sabe que os resultados escolares dependem da importância de apresentar boas estatísticas na OCDE.
Os professores receberiam também indicações claras para não usarem expressões como: «Oh valha-me Deus!» ou «Ai minha Nossa Senhora» dentro das instalações escolares.
Deveria ser pedido particular cuidado aos docentes para não proferirem interjeições com elementos cristãos quando se cruzem nos corredores com ateus ou membros de outras comunidades religiosas (mesmo que estes ameacem o professor com uma navalha de ponta-e-mola) para não afectar a sua especificidade cultural.
Eu sei, já lá vão quase 4 anos, mas vale a pena recordar um artigo publicado no Diário de Notícias de 2 de Dezembro 2005, por um elemento do Governo Sombra, João Miguel Tavares:
«Eu só quero que me expliquem isto: porque é que ter um crucifixo pendurado na parede de uma escola é uma ofensa à laicidade do Estado e um atentado à Constituição, e já não é uma ofensa à laicidade do Estado nem um atentado à Constituição o país inteiro prestar homenagem, através de um dia feriado, ao nascimento de Jesus (Natal), à morte de Jesus (Sexta-feira Santa), à ressurreição de Jesus (Páscoa), à celebração da Eucaristia (Corpo de Deus), aos santos e mártires da Igreja (Dia de Todos os Santos), à subida ao céu de Maria (Assunção de Nossa Senhora), e até ao facto de a mãe de Jesus, através de uma cunha de Deus, ter-se safado do pecado original no momento em que os seus pais a conceberam (Imaculada Conceição). Na próxima quinta-feira, dia 8 de Dezembro, o Estado português vai curvar-se alegremente diante de um dogma de alcofa inventado no século XIX por uma Igreja acossada pela secularização, mas até lá entretêm-se a subir ao escadote para remover cruzes de madeira, esses malvados instrumentos que instigam à conversão religiosa. Em Portugal, já se sabe, a lógica é uma batata. Por mim, podem limpar as escolas de todos os crucifixos, e, já agora, que se aproxima essa perigosa quadra para o laicismo do Estado chamada Natal, podem proibir também os presépios e até a apanha de musgo. A única coisa que me incomoda neste pequeno psicodrama é que o Ministério da Educação perca o seu tempo a expelir circulares muito legais, muito constitucionais e muito burras. O senhor que está pendurado nos crucifixos não é apenas um símbolo religioso - é também um símbolo civilizacional, que atravessa todo o Ocidente através da pintura, da literatura, da música, da arquitectura, do teatro, do cinema. Mais do que propaganda católica, o crucifixo faz parte da nossa identidade e é uma chave para compreender os últimos 21 séculos de História. Não tem a ver com fé. Não tem a ver com Deus. Tem a ver connosco.»

A intolerância é uma prova de falta de inteligência e de cegueira. E a demonstração de que a história e a tradição são desprezíveis para certas mentes, tal o ódio que destilam perante a Igreja. Mas como católicos, não é tanto de tolerância que temos necessidade, mas de respeito."

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