terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Pensamento do Dia

Não há melhor negócio que a vida.
A gente a obtém em troca de nada.
(Provérbio judaico)

sábado, 23 de fevereiro de 2008

REFLEXÕES

Palavra de Honra

HONRA


Todos nós, mais ou menos novos/velhos, crescemos a ouvir falar em honra. Isso era tão importante que em momentos de desespero ou de dúvida, e enquanto jovens, dizíamos muitas vezes aos outros que aquilo que afirmávamos era verídico e tinha credibilidade e afirmávamo-lo sob a nossa “palavra de honra”.
Esta honra de que falo, e com a qual mais ou menos todos estamos familiarizados, foi fruto de milhares de anos de construção de consciências ao longo da nossa história filogenética, e continua, ainda hoje, a ser baluarte e bandeira na maneira de ser e de agir de muita gente.
Esta gente de que falo não inclui os políticos, na sua maioria, e muito menos o governo que “democraticamente” nos desgoverna.
Este é um governo com glória mas sem honra. Ora quando esta se perde, perde-se a essência da pessoa humana que é a sua dignidade, a coerência, a verdade e sobretudo a verticalidade de cada um de nós. Ora nada disto se verifica em tal pseudo governo. Para tal governo o que diz agora e daqui a cinco minutos, para não dizer no instante seguinte, já não é o mesmo porque tal já não convém.
Todos aqueles que orientam as suas palavras, já não digo ideias, pois perante essas normalmente somos coerentes ou pelo menos defendemo-las, por este prisma “tipo rapidinha” em que se usa e abusa de opções e acções que apenas dizem e fazem o que lhes parece mais importante para sustentar a sua posição de poder, não são dignos de crédito e de honra. Para a honra não há conveniências mas verdade, para a honra não há “troca tintas” mas coerência, para a honra não há poder mas humildade, para a honra não há necessidade de se socorrer da democracia pois a acção acontece em nome daqueles que os elegeram e não como eles fazem em nome das minorias partidárias e parasitárias que os manipulam, aplaudem, bajulam e sustentam a sua desonra.
Estes tristes, apesar da alegria e o sorriso que sustentam, sabendo as desgraças e o sofrimento que provocam na maioria dos que os elegeram, maquievelicamente continuam a assobiar para o lado como se o mundo dos outros não fosse o seu, e o seu sofrimento, não fosse digno de ser olhado.
Aqui há uns anos atrás Francisco Fanhais cantava uma canção que dizia: “vemos, ouvimos e lemos não podemos ignorar…”. Hoje, mais do que nunca, vemos e sofremos na carne, ouvimos e sofremos na família com alguém que está envolvido, e lemos, mas parece que ninguém vê, ninguém ouve e ninguém lê. Por outras palavras todos sabemos mas ninguém quer saber, desde que não seja consigo. Chegou-se ao cúmulo do egoísmo em que as coisas só valem se nos baterem à porta, de resto não são relevantes nem nos tiram o sono. Onde nós chegámos.
É uma tristeza verificar que mesmo quando se reivindica, sindicalmente ou não, já não há seguidores ou há muito poucos. Que é feito dos valores que suportam a interacção de uns com os outros. Será que estamos todos a dormir? Será que nos anestesiaram? Será que o medo já invadiu o coração da sociedade? O que resta?
Há cerca de 10/12 anos um nobre político referiu que nunca se enganava e raramente tinha dúvidas. A sociedade evoluiu, e hoje, verificamos que os nossos políticos já nunca se enganam e nunca têm dúvidas. A isto chama-se a ditadura democrática, isto é, fazem-se eleger democraticamente, pedem maiorias e depois de estarem no poder desancam em quem os elegeu. Quem cospe no prato em que comeu não é digno de nada, apenas de censura, pois tirano já é.
Ao olhar para a sociedade de hoje vejo medo. Ninguém fala pois pode ir para a rua. Já foram tantos e tão ilustres, pelo que para sobreviver tem que se calar.
Vivemos em Portugal no século XXI. Quem houvera de dizer.
Temos um governo socialista eleito, mas as célebres reformas de que se vangloria, são contra os mais desprotegidos, os mais pobres e os indefesos. Basta olhar para a saúde, para a educação, para o mercado de trabalho, para o ambiente. Podem-se percorrer todos os ministérios. Queriam dar voz aos que não têm voz mas calaram-nos de vez. Amordaçaram-nos. Excepções feitas ao Manuel Alegre, Ana Gomes ou Helena Roseta. Já não há respeito nem pelo nome que se ostenta. Chamar Sócrates a tal demagogo é fazer morrer de vergonha dez milhões de vezes o verdadeiro Sócrates que defendeu a honra, a virtude, o saber e não se pavoneou à luz da sofística enganadora, perversa, manipuladora, mesquinha, interesseira e sobretudo apelativa à similitude de que "le roi c’est moi”.
Tudo isto é perturbador numa sociedade que quer ser democrática. Hitler também assim começou tal como todos os pequenos e grandes ditadores da história. Basta lê-la e fazer a correspondência e a sua identificação.
Aníbal Carvalho

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Objectivo deste Blog

O objectivo principal é colocar nesta página tudo aquilo que for motivador e interessante para um espírito crítico e capaz de se deslumbrar com tudo o que seja belo

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Música Tradicional Portuguesa

Música Portuguesa

É bom ouvir aquilo que é nosso e que além disso é bom e bonito.

Outra parte de Portugal - O Alentejo

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Fotos de Portugal

Fotos de Portugal. É só escolher

Fotos de Portugal

Fernando Pessoa

Belos poemas do autor

Onde você vê um obstáculo,
alguém vê o término da viagem
e o outro vê uma chance de crescer.
Onde você vê um motivo pra se irritar,
Alguém vê a tragédia total
E o outro vê uma prova para sua paciência.
Onde você vê a morte,
Alguém vê o fim
E o outro vê o começo de uma nova etapa...
Onde você vê a fortuna,
Alguém vê a riqueza material
E o outro pode encontrar por trás de tudo, a dor e a miséria total.
Onde você vê a teimosia,
Alguém vê a ignorância,
Um outro compreende as limitações do companheiro,
percebendo que cada qual caminha em seu próprio passo.
E que é inútil querer apressar o passo do outro,
a não ser que ele deseje isso.
Cada qual vê o que quer, pode ou consegue enxergar.
"Porque eu sou do tamanho do que vejo.
E não do tamanho da minha altura."

Fernando Pessoa

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Pensamento do Dia

No nosso caminho há sempre uma pedra, cabe a nós saltá-la ou esculpí-la!

(Autor desconhecido)

TIC - PORTAL DA UNESCO

PORTAL UNESCO SOBRE TIC

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Momento de Poesia

REALIDADE

Em ti o meu olhar fez-se alvorada,
E a minha voz fez-se gorjeio de ninho,
E a minha rubra boca apaixonada
Teve a frescura pálida do linho.
Embriagou-me o teu beijo como um vinho
Fulvo de Espanha, em taça cinzelada,
E a minha cabeleira desatada
Pôs a teus pés a sombra dum caminho.
Minhas pálpebras são cor de verbena,
Eu tenho os olhos garços, sou morena,
E para te encontrar foi que eu nasci...
Tens sido vida fora o meu desejo,
E agora, que te falo, que te vejo,
Não sei se te encontrei, se te perdi...

Florbela Espanca

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

domingo, 10 de fevereiro de 2008

A Minha Escola

Não será a escola perfeita mas tem muitas maravilhas a começar no seu Patrono Miguel Torga

Escola Secundária Miguel Torga - Sintra

In Diário de Miguel Torga

Dia 3 de Janeiro de 1943.

"É de tarde. Estou eu aqui a escrever versos, está em frente da janela o Joaquim António de Aguiar sobre o pedestal a olhar um decreto, e está mais adiante um soldado, hirto, de espingarda na mão, a guardar um banco. Pergunto: que diferença haverá entre nós os três?"

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Deficiências - Mário Quintana

'Deficiente' é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

'Louco' é quem não procura ser feliz com o que possui.

'Cego' é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

'Surdo' é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

'Mudo' é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

'Paralítico' é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
'Diabético' é quem não consegue ser doce.

'Anão' é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável,
pois: ' A amizade é um amor que nunca morre.'

Notícias Televisivas - Em Inglês

BBC

CNN

CBS

Notícias Televisivas - Em Português

SIC

RTP

TVI

Notícias - Pensadas e Comentadas

Jornal Expresso

Jornal Sol

Le Monde

Notícias - Dia a Dia

Público

Diário de Notícias

Correio da Manhã

Sintra - Bela, Encantadora e Romântica

Sintra Romântica

Passeios em Sintra

Sítios a Percorrer

Barcelona de Gaudi - Fantástico

Gaudi e a sua Arte

Percurso Fantástico pela Beira Interior - A não perder

Belezas Naturais e tão pouco conhecidas

Elogio ao Amor - Miguel Esteves Cardoso

ELOGIO AO AMOR - Miguel Esteves Cardoso - in Expresso- Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém seapaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Jáninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se poruma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estãoali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porquefaz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa dacama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo deantemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". Oamor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-sesócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amortransformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amortornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez dese apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido,do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto deconversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistascomo os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, deum rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas decantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas,alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores doromance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita apaixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, ocusto, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração eque nos canta no peito ao mesmo tempo?O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser umaajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, apancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro datortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novoscasalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance,gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja.Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. Éessa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender,não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode comonão pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é paranos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanharum bocadinho de inferno aberto.O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A"vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, nãoé um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é umacondição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amornão se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem sesente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar acorrer atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. Oamor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão ébonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. Oamor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor émais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, ocoração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, pormuito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que senos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não estalá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amorque se lhe tem.Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e nãose ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não sepode ceder. Não se pode resistir.A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amornão. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.