Missão de Ensinar
Missão nobre mas também ingrata dos professores.
Não é de hoje mas se sempre.
Em baixo trancrevo o texto do século XVI que mostra como já nessa altura essa atividade era complexa e para isso sugeriam-se algumas pistas.
Missão nobre mas também ingrata dos professores.
Não é de hoje mas se sempre.
Em baixo trancrevo o texto do século XVI que mostra como já nessa altura essa atividade era complexa e para isso sugeriam-se algumas pistas.
“Nada deve ser mais importante nem mais desejável (…) do que
preservar a boa disposição dos professores (…). É nisso que reside o maior
segredo do bom funcionamento das escolas (…).”
“Com amargura de espírito, os professores não poderão prestar um
bom serviço, nem responder convenientemente às [suas] obrigações.”
Recomenda-se a todos os professores um dia de repouso semanal:
“A solicitude por parte dos superiores anima muito os súbditos e reconforta-os
no trabalho.”
“Quando um professor desempenha o seu ministério com zelo e
diligência, não seja esse o pretexto para o sobrecarregar ainda mais e o manter
por mais tempo naquele encargo. De outro modo os professores começarão a
desempenhar os seus deveres com mais indiferença e negligência, para que não lhes
suceda o mesmo.”
Incentivar e valorizar a sua produção literária: porque “a honra
eleva as artes.”
“Em meses alternados, pelo menos, o reitor deverá chamar os
professores (…) e perguntar-lhes-á, com benevolência, se lhes falta alguma
coisa, se algo os impede de avançar nos estudos e outras coisas do género. Isto
se aplique não só com todos os professores em geral, nas reuniões habituais,
mas também com cada um em particular, a fim de que o reitor possa dar-lhes mais
livremente sinais da sua benevolência, e eles próprios possam confessar as suas
necessidades, com maior liberdade e confiança. Todas estas coisas concorrem
grandemente para o amor e a união dos mestres com o seu superior. Além disso, o
superior tem assim possibilidade de fazer com maior proveito algum reparo aos
professores, se disso houver necessidade.”
"I. 22. Para as letras, preparem-se professores de
excelência
Para conservar (…) um bom nível de conhecimento de letras e de
humanidades, e para assegurar como que uma escola de mestres, o provincial
deverá garantir a existência de pelo menos dois ou três indivíduos que se
distingam notoriamente em matéria de letras e de eloquência. Para que assim
seja, alguns dos que revelarem maior aptidão ou inclinação para estes estudos
serão designados pelo provincial para se dedicarem imediatamente àquelas
matérias – desde que já possuam, nas restantes disciplinas, uma formação que se
considere adequada. Com o seu trabalho e dedicação, poder-se-á manter e
perpetuar como que uma espécie de viveiro para uma estirpe de bons professores.
II. 20. Manter o entusiasmo dos professores
O reitor terá o cuidado de estimular o entusiasmo dos
professores com diligência e com religiosa afeição. Evite que eles sejam
demasiado sobrecarregados pelos trabalhos domésticos."
Ratio Studiorum
da Companhia de Jesus (1599).